Lula defende tributação global para impulsionar o desenvolvimento sustentável
Imagens: Fabio Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou, em uma reunião do G20 em Brasília, sua defesa pela criação de mecanismos de taxação internacional para financiar o desenvolvimento sustentável. Lula, como atual presidente do G20 de dezembro de 2023 a novembro de 2024, destacou a necessidade de reformas nas instituições de governança global, visando uma representação mais justa e equitativa, especialmente para países emergentes.
Entre as propostas, Lula abordou a questão da dívida externa dos países mais pobres, destacando a importância de abordá-la de maneira equitativa. Ele enfatizou a necessidade de fortalecer os bancos multilaterais de desenvolvimento, tornando-os mais eficazes e ágeis no direcionamento de recursos para iniciativas impactantes.
O presidente também defendeu sistemas tributários justos e progressivos, que abordem disparidades socioeconômicas entre países e dentro deles. Lula propôs a exploração de mecanismos de taxação internacional para atingir esse objetivo.
Além disso, Lula discutiu as prioridades do Brasil na presidência do G20, incluindo o enfrentamento das mudanças climáticas, a promoção do desenvolvimento sustentável e o combate à fome e desigualdade. Ele destacou a importância de abordar questões como a descarbonização da economia global, a revolução digital e a necessidade de acesso justo a tecnologias.
Lula também abordou temas como a crise entre Israel e Palestina, destacando a importância da ação coletiva para resolver conflitos e reforçar a necessidade de uma nova globalização que combata as disparidades.
A presidência brasileira no G20 busca criar uma agenda abrangente, envolvendo mais de 100 reuniões oficiais e eventos em várias cidades do país, culminando na 19ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo em novembro de 2024, no Rio de Janeiro. O lema da presidência brasileira é “Construindo um Mundo Justo e um Planeta Sustentável”.
“Também será necessário escutar e acolher a visão da sociedade civil: jovens, trabalhadores, empresários, povos indígenas, parlamentares, cientistas, acadêmicos e representantes de outros grupos vulneráveis. Queremos ouvir em especial as mulheres, e dar continuidade à reflexão sobre seu empoderamento econômico, no âmbito do recém-criado grupo de trabalho dedicado ao tema”, explicou o presidente.
Fonte: Agência Brasil