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Braskem pode enfrentar bloqueio financeiro de R$ 1 bilhão

O Ministério Público Federal (MPF) solicitou o bloqueio de R$ 1 bilhão da empresa Braskem, alegando que a empresa não apresentou proposta de acordo para a inclusão de novos imóveis no programa de compensação financeira. A atualização do mapa de risco em áreas de Maceió, Alagoas, levou à inclusão do bairro Bom Parto no programa de realocação da Braskem, conforme determinação da Justiça Federal.

Durante uma audiência de conciliação na última terça-feira (12), a empresa não apresentou proposta ou cronograma para implementar as medidas exigidas pela Justiça. Caso a Braskem continue em desacordo com a ordem judicial, o MPF solicita a aplicação de uma multa diária de R$ 50 mil ao presidente da empresa.

Segundo o Ministério Público Federal, a Braskem afirmou que irá recorrer da decisão. A empresa, em nota recente, informou que já desembolsou mais de R$ 9 bilhões em ações adotadas em Alagoas, incluindo indenizações e medidas socioambientais e econômicas. Destacou também que cerca de 40 mil pessoas de mais de 14 mil imóveis foram realocadas em quatro anos pelo Programa de Compensação Financeira.

Em relação às vítimas, representantes da prefeitura de Maceió se reuniram com a Advocacia-Geral da União para discutir aspectos técnicos e jurídicos das reparações. A AGU terá uma reunião com o governo de Alagoas nesta quinta-feira (14).

Um novo equipamento para monitorar a movimentação do solo próximo à mina nº 18 foi instalado e iniciou o envio de dados para a Defesa Civil de Maceió. Apesar de transmitir dados em tempo real e com precisão de milímetros, aproximadamente 10 dias de análise são necessários para a calibração do aparelho. Os outros equipamentos que realizam medições nas demais minas no subsolo de Maceió continuam em funcionamento.

Fonte: Agência Brasil